Os acervos de escritores apresentam-se hoje como um domínio de crescente interesse para os estudos literários e culturais. Além de fomentarem novas abordagens teóricas, propiciando o entrecruzamento de elementos ficcionais e biográficos, seu caráter fragmentado e parcial, flagrante nos registros enganosos, nos silêncios e vazios que o compõem, revela-se particularmente significativo para a leitura das subjetividades que ali atuaram. Margens teóricas explora esse espaço tramado entre o social e o literário, entre o histórico e o estético, entre o corpo e a letra espaço fantasmático por excelência - , a fim de entrever as linhas de força que atravessam o arquivamento do sujeito e de sua escrita.