A reflexão crítica das mulheres brasileiras sobre a literatura, a música, o teatro, a dança, o cinema e as artes plásticas tem em “Ensaístas brasileiras” seu mais completo levantamento bibliográfico. São 622 verbetes, apresentados em ordem alfabética, que nomeiam todas as autoras de trabalhos de ensaios e crítica, publicados em livros, jornais ou revistas, nos séculos XIX e XX. Cada verbete, com entrada pelo primeiro nome, contém uma biografia sucinta, seguida da bibliografia pertinente. Segundo Heloísa Buarque de Hollanda, que dividiu com Lucia Nascimento Araújo a responsabilidade pela elaboração da pesquisa, a opção pelo termo ensaístas foi arbitrária. Como o pensamento crítico feminino tem se expressado em formas e espaços quase sempre marginalizados, foi necessário dilatar os conceitos tradicionais de ensaísmo e crítica. Ao mapear a produção intelectual das mulheres nestes dois séculos, “Ensaístas brasileiras” torna-se uma obra de consulta obrigatória. Indispensável para se conhecer a história do movimento feminista no país.