Na condição de poeta, cronista e crítico literário, Affonso Romano de Sant'Anna sempre esteve comprometido com a leitura e a difusão da literatura. Esse pacto poderia ter sido suficiente, satisfazendo amplamente seus admiradores. Mas o escritor assumiu a direção da Biblioteca Nacional e reorientou as ações dessa instituição, desvelando sua vocação de formadora de leitores, e focada na qualificação do público da literatura. Bastou? Não. Affonso Romano de Sant'Anna avançou: refletiu sobre sua prática e questionou seu objeto a leitura. O resultado dessa trajetória é Ler o Mundo, fruto da experiência, da maturidade e da inteligência de um dos maiores criadores da literatura brasileira.