Podemos identificar a discriminação por sobrequalificação como sendo a preterição imotivada, na oferta de oportunidades de emprego e de ascensão, ou a predileção, também imotivada, na alocação de encargos (entre os quais se sobreleva o da dispensa), endereçada ao trabalhador, não em função de preconceitos, de suas insuficiências ou fragilidades, mas ao reverso, em razão precisamente da excelência ou da relativa superioridade de suas virtudes, qualificações ou aptidões profissionais. Estudo originalmente oferecido pelo autor como sua dissertação de mestrado à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo — do que resultou uma entusiástica acolhida em maio de 2008. Antonio Rodrigues de Freitas Jr.