Cartas, cartões, poemas, pequenos bilhetes que acompanhavam o envio de livros e recortes de jornal, fazem emergir um retrato descontraído de dois dos mais brilhantes escritores modernistas brasileiros: o memorialista Pedro Nava e o poeta Carlos Drummond de Andrade. Testemunho de uma fiel amizade que nasceu nos anos 1920 e que atravessou seis décadas, esta viagem epistolar se inicia quando Nava, o médico recém-formado, escrevia de Belo Horizonte ao amigo Carlos, o ainda iniciante poeta modernista, na época morador de Itabira. Em edição anotada pelas organizadoras Eliane Vasconcellos e Matildes Demetrio dos Santos, a correspondência é contextualizada por notas históricas e enriquecida por fotos inéditas e manuscritos, além de crônicas, discursos e poemas que revelam uma amizade alimentada por admiração mútua, afinidades literárias e pela solidez do afeto nascido na juventude. Com posfácio de Humberto Werneck, as mensagens cotidianas da vida se encontram iluminadas sob o foco do [...]