Hugo Pinto Santos, crítico do suplemento literário do jornal Público, Ípsilon, Noturno Europeu () descreve uma Europa comum, loura, atlética, que uiva pelo seu guia, e resume, na escolha fixada pelo título, uma situação e determinado posicionamento que é identitário da própria escrita; Europa dos lugares indiferentes, mapeada como uma espécie de metonímia do mundo. A escrita poderosa e convulsa coloca questões que dizem respeito à essa Europa, hoje atravessada por questões de identidade, que obrigam a repensar os problemas e as causas que levaram às grandes guerras do século XX e ao holocausto. Nesta obra nada nos deixa indiferentes, marcados que somos por um destino histórico comum e que mostra a o velho continente da Europa como um território onde falhou a tentativa de implementar uma identidade homogenea, espelhando nela enquanto metáfora todos os sinais da catástrofe iminente.