O ensino fundamental público no Brasil passa por reformas que têm alterado profundamente seu funcionamento, em especial a reforma dos ciclos e da progressão continuada e parcial, além de outras modificações, como o ensino fundamental de nove anos e a implantação e o aperfeiçoamento dos sistemas avaliativos nacionais e estaduais. Esta obra traz uma investigação sobre os efeitos dessas reformas na organização das escolas e na atividade educativa, trazendo à tona as possibilidades e os impedimentos de que a escola, diante das reformas que nela incidem, constitua-se um espaço de formação do indivíduo autônomo e diferenciado. Para uma ulterior compreensão dessas recentes reformas, a obra também traz em seu bojo uma retrospectiva das reformas educacionais no Brasil, a partir do início do século XX, em conjunção com as motivações econômicas, sociais e políticas de cada período. Os efeitos dessas intervenções são apresentados e refletidos à luz de uma acurada análise de leis e pareceres que implantaram os ciclos e a progressão, bem como a vivência dos professores, diretores e supervisores dessas mudanças nas escolas.