“O melhor DJ do mundo” é o controverso rótulo associado ao DJ holandês Tiësto nos anos de 2003 e 2004. O motivo? Ter ganhado a eleição de melhor DJ do ano organizado por uma revista especializada em música eletrônica. Mas será que um único veículo é suficiente para coroar o melhor do mundo? Qual é o efeito dessa eleição sobre a cena de música eletrônica? Este livro, fruto de uma dissertação de mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, busca debater essas questões. O objetivo não é definir critérios objetivos que nos permitam identificar artistas melhores ou piores, mas analisar de que maneira os calorosos debates sobre o gosto musical tem um efeito decisivo na própria organização dos universos artísticos, em suas hierarquias e relações de poder.