Não somos racistas é um livro nascido do espanto. Movido pelo instinto de repórter, Ali Kamel começou a perceber que a política de cotas proposta pelo Governo Lula dividiria o Brasil em duas cores, eliminando assim todas as características de nossa miscigenação. A tentativa de entender e reconhecer este novo país fez com que o jornalista revisse antigas leituras e pesquisasse documentos, livros e teses. Um movimento, que se afastava do conceito de multiplicidade e democracia racial, proposto por Gilberto Freyre em obras como Casa grande & senzala e dividia o Brasil entre negros e brancos. Constatava o sumiço dos pardos e dos miscigenados nas estatísticas raciais brasileiras.