O livro traz à discussão as realidades empiricamente observadas dos modelos e estratégias acionados pelos aparatos de poder na implementação de grandes projetos dos agronegócios, dos corredores logísticos e da mineração. São aqui analisados os diferentes conflitos sociais e territoriais resultantes da ofensiva dos interesses fundiários, minerários e financeiros que gravitam em torno às dimensões autoritárias das práticas de grandes corporações. Tais interesses baseiam-se na visão triunfalista de que a terra seria um bem ilimitado e permanentemente disponível. Tal imagem está presente nas falas ufanistas do agronegócio, enfatizando que as terras aráveis do Brasil podem alimentar o planeta ou que as terras férteis do Brasil devem ser ocupadas em toda a sua extensão. Tais afirmações são acompanhadas de esforços em desconsiderar os impactos socioambientais provocados pelos grandes empreendimentos agropecuários, energéticos e minerais. [...]