Guimarães Rosa conta de uma senhora que vai a uma loja de tecidos pede pano para remendo. O vendedor atencioso responde: E de que cor são os buracos, minha senhora?\nAssim são também as omissões: buracos que deveriam ter uma cor. A cor da ajuda aos outros, a cor das tarefas bem feitas, a cor dos atos de amor a Deus. E a vida de muitos, infelizmente, é um autêntico amarrado de buracos, onde omissões se somam a omissões.\nCom efeito, não são poucas as pessoas que se esforçam para ser boas cristãs e que, cedo ou tarde, descobrem que o maior problema de suas vidas é justamente uma falta: a oração que não se fez, a palavra de conforto ao amigo que não foi dita, a decisão que não se quis tomar...\nEstas páginas, que têm como fio condutor as parábolas do Evangelho, nos oferecem conselhos bastante práticos para preenchermos esses buracos, sempre tendo em conta que não há remédio melhor para os pecados de omissão do que o amor.