O capitalismo de multidão (quarta revolução industrial) é, sem dúvida, um ponto de inflexão na história contemporânea mundial, seja sob o viés econômico, social ou ambiental. Essa nova revolução reclama uma compreensão à luz de uma dinâmica geopolítica. A partir das reflexões e proposições da obra, almeja-se, após uma análise multidimensional do fenômeno, demonstrar que a implementação eurocentrada atualmente em curso dessa nova revolução disruptiva nos conduz para um processo de neocolonização tecnológica com efeitos sociais e econômicos dramáticos para os países periféricos. Em conclusão, numa abordagem propositiva, vem elecado um conjunto de medidas capazes redirecionar o curso eurocentrado do fenômeno de modo a torná-lo um vetor para a produção de resultados sociais e econômicos alinhados com os interesses geopolíticos nacionais sem, contudo, desconsiderar a necessidade de transcender a esfera nacional em busca da construção de uma sociedade biosférica.