A autoridade é causa de problemas em nossa sociedade; desde sua contestação violenta nos anos 1960 e seguintes, muitas pessoas ficam frequentemente em uma posição de indiferença das autoridades civis ou políticas, espirituais ou morais. Também causa problemas nas Igrejas: do lado católico, os fieis entram na cultura de recepção liberal e critica, e sua relativização corresponde mais à cultura protestante.Este livro verifica o fundamento do dom da autoridade, analisa seu papel no mistério da Igreja e na estrutura concreta das Igrejas e estuda também os modos de seu funcionamento. Não examina o conjunto dos problemas postos pela autoridade na vida das Igrejas cristãs, mas se limita à autoridade doutrinal, ou seja, à missão de anunciar e de ensinar o que a Igreja recebeu de Cristo, ponto nodal no dialogo ecumênico. O percurso histórico reúne os ensinamentos da historia sobre as diversas figuras do exercício da autoridade doutrinal e de suas justificações. O estudo escriturário invoca o testemunho da Escritura como árbitro: em que medida a Escritura "autoriza" a autoridade doutrinal na Igreja e quais modelos propõe para exercê-la? Ao registro do vasto leque de referencias comuns à autoridade doutrinal, segue a apresentação de proposições doutrinais e ecumênicas sobre os pontos mais sensíveis, na esperança de realizar um consenso diferenciado. Por fim convidam-se as respectivas igrejas a passos concretos de conversão em suas maneiras de proceder, a fim de ajudá-las a chegar à unidade desejada por Cristo.