A presença da cultura e da língua hispânicas é cada vez mais marcante na vida política, econômica e cultural da sociedade americana. Como, porém, um país tradicionalmente associado à cultura branca, anglo-saxã e protestante e à língua inglesa lida com essa crescente hispanização? Sonia Torres busca a resposta para essa questão, tão significativa em tempos de globalização, nas narrativas literárias da própria população hispânica residente nos EUA. Através desses relatos, que estão à margem do discurso hegemônico freqüentemente hispanofóbico, pode-se perceber como essa comunidade representa a si mesma e o espaço que ocupa, desenhando novas geografias de resistência. Suas histórias mostram como é possível delinear mapas que "juntem", em vez de separar.