Tinha aquele olhar cinematográfico, atento, fechado, aquele que tanto lhe agradava. Sentiu-se feliz por isso. Feliz não, contente. Olhou nas mãos, olhou velocidades. Olhou passos, e sapatos. Poucos tinham saltos. Quantos ali, quantos daqueles passantes, antecipavam suas inevitáveis perdas? Quantos tinham perdas e quantos ainda iam ter? Quantos daqueles passos iam ao encontro certeiro de outros passos? Talvez os que não trajassem saltos. Quantas daquelas bolsas carregavam cartas de amor, amor bilateral mesmo?