Toledo, Espanha, final do século XV. A pequena Esther e sua mãe são obrigadas a fugir para Roma a fim de escapar da perseguição empreendida contra os judeus pelos Reis Católicos. Seu pai, Haim Sarfati, havia migrado para a Itália meses antes, com o objetivo de encontrar fortuna e estabilidade ajudando o cardeal Rodrigo Borgia em sua trajetória rumo ao papado. Anos depois, com a eleição de Rodrigo ao Trono de São Pedro, ser Sarfati se torna um dos banqueiros mais proeminentes da cidade, e as mesmas intrigas políticas que conduziram o novo papa, coroado como Alexandre VI, ao Vaticano lançam Esther em um profuso cenário de paixão, luxúria e ambição. Em nome dos interesses do pai, que quer garantir à filha um casamento próspero e um futuro seguro, Esther se converte ao cristianismo para servir como dama de companhia de Lucrezia Borgia, filha ilegítima do papa. Considerada uma mulher sem qualquer escrúpulo, Lucrezia está prestes a se casar pela terceira vez, agora com Alfonso d’Este, herdeiro do Ducado de Ferrara. Em uma das maiores cortes do Renascimento italiano, Esther é batizada e se transforma em Violante, apelido pelo qual se torna conhecida. Ela logo sucumbe ao esplendor e à corrupção que cercam os Borgia e os Este, e, ao mesmo tempo que passa a ser confidente de uma Lucrezia pouco familiar à maioria dos cortesãos, sente-se cada vez mais atraída pelo irmão de sua senhora, o cruel Cesare. Os rumores sobre o famoso duque Valentino não são suficientes para revelar a Violante o espírito do homem que a seduz. Determinada a conquistá-lo a qualquer custo, ela se torna um fantoche, manipulada por aqueles em quem confia. O amor não degrada apenas sua alma, mas também seu corpo, acometido pelo mal-francês. Quando uma terrível revelação vem à tona, ela finalmente percebe que aqueles que entram para a Casa dos Borgia seguem por um caminho sem volta. Seu coração será colocado à prova, e ela se tornará guardiã de um segredo que deverá levar para o túmulo.