Santo Agostinho culmina trajetória de duas caminhadas fundantes do mundo intelectual ocidental, na exata medida de se tornar, ele próprio, o mestre do ocidente por excelência. Nele se vislumbra a tradição pla- tônica, via Plotino e Porfírio, a sedimentar e possibilitar se pensar o locus Dei, o lugar, a habitação de Deus, na alma que busca o amor que a buscou primeiro, na interioridade que me dá o ser que minha finitude, minha corporeidade, minha carne, teimam em sentir e usufruir na disso- lução do efêmero, na fugacidade nela experimentada. Mas o platonismo é por ele assimilado no eixo imperativo do kairos ou temporalidade da graça, que condiciona a humanidade a ser buscada e tomada, perpassada e atravessada transcendida pela incondicionalidade. São Boaventura será autor de obra lapidar, refinada pela assimilação da herança agostiniana no espírito da presença divina cósmica que movia São Francisco de Assis. ampliando a matriz agostiniana para incluir o que em seu início declinara