Começa: Maria Isabel abre o olho em Copacabana. Não necessariamente acorda. Abre o olho. Resolve sair de casa e ganhar as ruas. Onde há distância, arrisca se aproximar. Criança desobediente do zoológico. A única lei que obedece é a da casualidade. Com a mesma curiosidade que visita a Groenlândia, cai dentro de um feijão com arroz. A cada esquina, uma emboscada. Ela cai, eu caio, prepare se para também cair. Vez ou outra vai machucar: vestir preto emagrece / mas nascer preto / faz desaparecer. Vez ou outra vai flutuar: fumo / só pra não correr / o risco de entrar em lugares fechados. Prestes a comemorar bodas de prata consigo mesma, Maria Isabel se formou em Letras, e escreve poesia desde os 6 anos. Áries com Áries, o fogo duplicado a faz pisar nas brasas flamejantes. em que pensaria quando estivesse fugindo é um livro que deixa um zumbido no ouvido. Cheiro de fogo nos dedos. Maria Isabel não arrasta florestas, sentimentos, malas, órgãos, fósforos. [...]