Chega às livrarias Perseguições Religiosas, do jornalista James A. Haught. Esta obra repassa nove séculos de história, a história da violência em nome da religião e da fé: das Cruzadas ao Iran de Khomeini, passando pelas atrocidades da inquisição, a caça aos hereges na Reforma Cristã e pelas guerras islâmicas. Em tempos mais recentes, o Holocausto, o terrorismo religioso entre católicos e protestantes na Irlanda, a violência no Líbano e o fundamentalismo no Irã. Mais que isso, Perseguições Religiosas descerra o véu que esconde o lado negro da religião, cujo potencial para o mal tem sido realizado milhares de vezes ao longo dos séculos, e vem levantar a grande questão: é a religião uma força do bem? Em 1766, em Abbeville, na França, um adolescente foi acusado de cantar canções não-religiosas que zombavam da Virgem Maria, estragar um crucifixo e permanecer de chapéu enquanto passava uma procissão religiosa. Criticar a Igreja era ação punível com a morte. O garoto, Chevalier de La Barre, foi condenado a ter a língua cortada e a mão direita decepada, e a ser queimado na fogueira. O grande escritor Voltaire tentou salvá-lo. O caso foi levado ao Parlamento de Paris. O clero exigia a pena de morte, alertando sobre a calamitosa expansão da dúvida.O Parlamento mostrou misericórdia, permitindo que o jovem fosse decapitado, em vez de mutilado e queimado vivo. Primeiro, ele foi torturado para que se extraísse uma confissão mais completa, e então executado, em 1º de julho de 1766. Seu corpo foi queimado junto com um exemplar do Dicionário Filosófico de Voltaire. Na década de 1980, a teocracia xiita do Irã - o governo de Deus na terra - decretou que os crentes da seita baha'i que não se convertessem ao islã deviam ser mortos. Cerca de duzentos baha'is, inclusive mulheres e adolescentes, foram enforcados ou mortos por pelotões de fuzilamento, e outros 40 mil fugiram do Irã. Este livro rastreia o lado negro e perigoso das religiões ao longo dos últimos nove séculos.