Para medir a influência da Ciropédia na cultura ocidental, basta lembrar alguns de seus maiores admiradores. Muito antes de se difundir como leitura obrigatória de empresários interessados em lições de liderança, a obra de Xenofonte sobre a vida do imperador persa Ciro já contava com leitores ilustres: ainda na Antiguidade, Alexandre, o Grande, e Júlio César aprenderam com o texto, que séculos depois também serviria de inspiração para filósofos iluministas como Rousseau e Montaigne. É sabido que Thomas Jefferson tinha dois exemplares do livro em sua biblioteca. Mas o beneficiário mais notório de Xenofonte foi certamente Maquiavel, cuja obra mais famosa, O príncipe, talvez não existisse tal como a conhecemos sem o legado da Ciropédia.