O Concílio Vaticano II resgatou a função ministerial da música na ação litúrgica: canto e música estão intimamente ligados ao rito, à assembleia e à Palavra de Deus proclamada e meditada. Ao longo deste livro, o(a) leitor(a) perceberá que nem sempre isso era evidente para o clero, e muito menos para o povo. Antes do Concílio, praticamente a assembleia só assistia, de forma passiva, aos diversos ritos. O canto era entoado por algum solista ou grupo de cantores, numa língua estranha, num espaço separado dos demais fiéis. O referencial de tudo o que vem expresso nesta obra é o Concílio Vaticano II. Nosso desejo é que este livro cumpra sua principal finalidade: reafirmar e solidificar os princípios traçados pelo Concílio Vaticano II, no que diz respeito à teologia e à espiritualidade do canto e da música no culto cristão, em terras brasileiras. A Igreja no Brasil se orgulha de ter dado passos qualitativos no campo da música litúrgica, apesar da persistência de alguns desafios a serem enfrentados, depois de cinquenta anos de reforma litúrgica.