O grupo sediado em Belo Horizonte-MG não poderia deixar de lado a tragédia provocada pelo rompimento da Barragem de Fundão da mineradora Samarco, ocorrida no Município de Mariana-MG e, nesse sentido, os textos resultantes das pesquisas se mostram adequadamente sensíveis ao caráter eminentemente humano que permeia a proteção cultural. Proteger a cultura é proteger a história e a dignidade humana; é olhar para o passado com a capacidade de se exercer juízos críticos que proporcionem um futuro melhor. Não há aprendizado democrático para um passado apagado ou enterrado na lama; há apenas o esquecimento imposto pelo descaso mascarado em suposta fatalidade. Com o aporte fático de um caso de absoluta perda de patrimônio cultural, a obra apresenta robusta construção teórica e prática sobre a cultura, buscando auxílio interdisciplinar no intuito de realmente contribuir na temática. Os textos reunidos na obra aliam abordagens filosóficas, jurídicas, legislativas, entre outras, com o rigor científico exigido pela pesquisa acadêmica. O resultado foi excepcional: trata-se de obra cuja leitura é essencial não apenas para a comunidade jurídica, mas por qualquer pesquisador que se interesse pela proteção efetiva do patrimônio cultural.