Os tempos são outros! Costumam dizer os mais antigos. Sou daqueles que vive e valoriza o presente. Não o futuro. [...] O futuro serve apenas para projetarmos os nossos sonhos e persegui-los. Memórias do tempo reforça esse meu pensamento. [...] Elizeu Cardoso saiu de Pinheiro. Levantou voo tal qual as japeçocas em final da estação chuvosa, ágil o suficiente para galgar novos horizontes. Adquiriu um estilo literário elegante e refinado no manejo das palavras simples da gente de sua terra. [...] Mas Pinheiro não saiu dele... Do baú de suas memórias, emergem palavras bem-postas e dispostas de tal forma que o leitor não sente o tempo passar, como se fossem as águas mansas do Pericumã rumo ao mar distante.