A crise da Igreja é grave. Tenho a impressão de que não se esconde de ninguém que o cataclismo social - que afeta o respeito à vida humana e à família - tem essa triste situação como causa. Michel Schooyans afirma, sem nenhuma dúvida, que a Nova Ordem Mundial, "do ponto de vista cristão, é o maior perigo que ameaça a Igreja desde a crise ariana do século IV", quando, nas palavras atribuídas a São Jerônimo, "o mundo dormiu cristão e, com um gemido, acordou ariano". (...) Soma-se à atitude vacilante de muitos católicos a ditadura do oliticamente correto, muito mais sutil que as anteriores e que reivindica a cumplicidade da religião, uma religião que por sua vez não pode intervir nem na forma de conduta nem no modo de pensar. A nova ditadura corrompe e envenena as consciências individuais e falsifica quase todas as esferas da existência umana. A sociedade e o estado excluíram Deus, e "onde Deus é excluído, a lei da organização criminal toma seu lugar, não importa se de forma descarada ou sutil. Isto começa a tornarse evidente ali onde a eliminação organizada de pessoas inocentes - ainda não nascidas - se reveste de uma aparência de direito, por ter a seu favor a proteção do interesse da maioria".