Para Bollas, a psicanálise não é uma torre de marfim. Embora, às vezes, seus conceitos pareçam meio etéreos, seu pensamento trata da experiência vivida. Além de criar um continuum entre a subjetividade humana normal e as várias manifestações da psicopatologia, ele procura integrar a linguagem psicanalítica em muitos aspectos da sociedade e da cultura. Bollas oferece um modelo abrangente da estrutura e funcionamento psíquicos, e também coloca em palavras as minúcias intensas da vida: uma centelha de pensamento, um fragmento evasivo de autoexperiência. Ele também nos oferece formas de pensar sobre o que se processa em nossas mentes, mas nunca perde de vista o que é, em última instância, implícito e inalcançável no self.