Uma crisálida é um ser inacabado, que ainda não se transformou. Engana-se, no entanto, quem pensa que está faltando alguma coisa neste livro. Ao contrário, a sensibilidade, a leveza e a força, de tão grandes, saltam do texto, para falar da careca como um local propício a novas criações: a narradora ora tem cabelos de chuva, flor ou nuvem, ora de cobras como a Medusa, ou mesmo de jujuba, de lã, de macarrão, de giz de cera, até de borboletas.