O tema aqui desenvolvido o primitivismo do homem brasileiro é entendido por Abilio Guerra na sua dupla conexão com as produções intelectuais europeia e brasileira. O evoluir do conceito homem brasileiro, do século 19 à primeira metade do século 20, resulta da evolução mais larga e complexa da nossa vida cultural, onde o contato sempre presente com o pensamento europeu não impediu uma especificidade flagrante das investidas tupiniquins no mundo da arte e das ciências humanas. Admitir uma evolução cultural ao mesmo tempo conectada e diferenciada em relação à Europa é uma maneira de colocar na prática a lição de Sílvio Romero: a de que todo sistema de imitação possui uma lei individual de progredir.