Esta é uma obra que trata da trajetória da política educacional brasileira para a diversidade sexual e de gênero no âmbito da educação no período entre 2003 e 2014. Seus objetivos são: i) esclarecer como figura a relação movimento social LGBT/Estado na construção de políticas voltadas para a educação; ii) examinar a compreensão dada às identidades nos documentos analisados e na fala dos participantes entrevistados e: iii) identificar e discutir as implicações decorrentes da ampliação de direitos e visibilidade LGBT. Apresenta um banco de dados constituído de documentos, planos e programas relacionados ao direito à educação de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT) no recorte temporal 2003-2014, além de entrevistas feitas com seis militantes. Para dar suporte à análise dos dados, articula um arcabouço teórico na tentativa de dar conta da complexidade inerente à diversidade sexual e de gênero como performativos, isto é, construídos via reiteração de práticas discursivas. Assim, construtos da chamada teoria queer são caros ao estudo, além da visão de Michel Foucault acerca da construção discursiva da sexualidade, direcionando à análise da política educacional.