Na contramão de um crescimento vigoroso que o pensamento geográfico sobre a nação e o mundo vem experimentando nos últimos quarenta anos, os governos anunciam reformas dos sistemas de ensino saídas dos bastidores da burocracia do Estado apontando para uma mudança que, pelo que tudo indica, não vem para sanar os problemas históricos no tempo agravados do ensino e da pesquisa no Brasil. Conhecedores como poucos da complexidade dessas interfaces face à experiência acumulada nos anos de reflexão dedicados ao magistério e à pesquisa, seja no ambiente escolar, seja no ambiente universitário, nada mais indicado que os autores dessa coletânea para trazer os subsídios e os dados do debate que a academia e a sociedade vão ter de mobilizar nas intervenções e debates que estão chamados a lançar-se nos anos que se abrem, apontando com lucidez para os ângulos e os vínculos que o sistema de ensino tem com nossos caminhos, centrais e caros já a partir do destino da própria vida intelectual do país.