A modernização de Buenos Aires nas décadas de 1920 e 1930 e suas influências sobre a produção artística naqueles anos de velocidade sem precedentes na história são o foco de Modernidade periférica, da argentina Beatriz Sarlo. Título da coleção Prosa do Observatório, coordenada pelo crítico Davi Arrigucci Jr., traz prólogo de Sergio Miceli, posfácio de Júlio Pimentel Pinto, também responsável pela tradução, texto de quarta capa de Roberto Schwarz e índice remissivo. O ensaio aborda temáticas como a mescla entre rural e urbano, a perspectiva feminina, o erotismo, transgressão e revolução como impulsionadores da criação, identificando os meios de divulgação dos textos e a formação de grupos de escritores como Güiraldes, Arlt, Borges, González Tuñon, Victoria Ocampo, Girondo, Martínez Estrada. Publicado originalmente em 1988 e inédito no Brasil, o livro interpreta de maneira nova as relações dos escritores com a metrópole moderna na periferia e o que está às margens desse embate num diálogo teórico com Carl E. Schorske, Marshall Berman e Walter Benjamin.