De architectura libri decem, de Vitrúvio, é o único tratado de arquitetura que sobreviveu, em sua íntegra, da Antiguidade. Redigido no momento em que Roma magnifica-se com esplêndidas obras marmóreas, seu propósito, informa-nos o autor, é instruiro imperador César Augusto e o público culto sobre a importância da arquitetura, reservando à beleza lugar proeminente. Pela consulta de numerosos escritos, gregos em maioria, Vitrúvio consuma na arte da edificação um ajuizamento ético do belo cuja origem remonta à Grécia Clássica. Sobre seu valor, valem as palavras do Sócrates platônico: Que sentido terá viver se desconhecermos o significado da beleza? (Hípias Maior)