A manutenção das ideias imperialistas na Alemanha após a I Guerra Mundial compôs uma conjuntura delicada e diferenciada das outras nações, uma vez que o país perdeu suas colônias em 1919. A princípio, a crença em um desenvolvimento ininterrupto anunciado pelos imperialistas de fins do século XIX e início do XX deu lugar ao sentimento de humilhação e derrota que se transformou, por sua vez, em motivação pela recuperação da glória perdida da nação. Neste livro procuramos entender de que formas o discurso imperialista conformou-se no período compreendido entre os anos de 1925 e 1943 a partir da análise de documentos visuais que foram materiais de propaganda confeccionados pela Deutsche Kolonialgesellschaft (Sociedade Colonial Alemã). Procuramos entender como esse repertório imagético descreveu e representou a auto-imagem alemã nesse período, bem como os encontros interculturais que se sucediam com o colonialismo. Além de compreender a importância da visualidade no movimento neocolonial alemão, este trabalho também traz à tona o tema da construção e consolidação do racismo a partir das visões apresentadas sobre a África e o africano.