Testemunha de fatos políticos e sociais que marcaram o Brasil e o Nordeste, o autor desenvolve, em 'Noiva da revolução', um ensaio histórico-político-sentimental munido de suas lembranças, 'duas mãos e o sentimento do mundo', como registra. Neste texto, ele conta que estava junto do então governador Miguel Arraes quando o coronel Dutra de Castilho deu-lhe voz de prisão, no Palácio do Campo das Princesas. Relata também a escuta, em uma extensão telefônica, do diálogo entre Arraes e João Goulart, este ironizando o 'medo' do governador diante da movimentação das tropas do general Justino, que segundo o presidente (deposto posteriormente) estariam nas ruas para proteger Arraes. Já em 'Elegia para uma re(li)gião', o autor mostra um estudo sobre as relações do Estado com a sociedade brasileira e nordestina, abarcando a experiência da Sudene - criada em 1959, extinta em 2001 por FHC e relançada pelo presidente Lula, em 2003.