Este livro procura discutir a temática da perversão e da violência - do individual ao social -, numa abordagem transdisciplinar que percorre estudos de diversos teóricos, tendo os conceitos freudianos como fio condutor. Izabel Szpacenkopf parte da ideia de que, no ser humano, o processo de subjetivação (diferente do estabelecimento de identidade) pode ser visto como forma de resistência em relação às estratégias de poder, seja ele disciplinar ou biopolítico, constituindo assim modos criativos e singulares de existir como respostas que levam em conta tanto os elementos psicológicos do indivíduo quanto as interferências do meio. Nesta linha, considera o reconhecimento como fundamental, não só nas possibilidades de subjetivação, mas também como alternativa para a amenização - e mesmo profilaxia - do processo de violência, destruição e exclusão social em que o ser humano vê ameaçada a sua própria existência.