Este é um romance que levanta a questão da sobrevivência das pequenas comunidades interioranas num mundo cada vez mais informatizado, mostrando, ao mesmo tempo, que as tradições sobrevivem por baixo da capa de aparente modernidade. Um vigário fanático, um prefeito maquiavélico, um maçom empreendedor, um conquistador frustrado, um comunista que blasfema e segue as regras do capitalismo, um menino rebelde que entregou os pontos, os personagens se entrelaçam numa história em que a verdadeira protagonista é a Cidade. Paralelamente, em estilo diverso, conta-se a história da fundação do povoado, quase coincidindo com a Independência do Brasil. O pano de fundo é a pose da terra e a escravidão, sementes de preconceitos que sobrevivem a tudo e a todos, até mesmo a um tornado força - o dedo de Deus - o primeiro a se abater sobre o cerrado mineiro.