Nuvens cinzentas atravessam velozmente o firmamento. O vento sibilava, levando consigo folhas e o resto de vegetação seca que havia naquela paisagem árida. Era fim de tarde e relâmpagos ribombavam seguidamente. Solitário, com as roupas quase a serem arrancadas de seu corpo, Arion segurava firmemente a espada. Ele ofegava. Ggggrrrrrr! Foi o rosnado. Então veio a primeira sombra. E depois a Segunda, a terceira, e tantas que Arion se achou cercado delas. Em sua mão direita, sentia fluírem o calor e o criativo poder etéreo da Dalhebal, o sevaste que tornava tudo possível. Para Arion, era como se estivesse de novo na Floresta Sem Vida, mas não havia mal-estar ou incapacidade de invocar a magia do éter. E eis que a batalha o engolfou. Cercado, sabia que precisaria lutar pela vida. Arion estava só, no meio de tempestade, com lobos querendo sua carne. Aí ouviu uma voz: - Arion, Arion; por que não olhas para mim?