Décadas após a vivência num campo de trabalhos forçados na Sibéria, um homem retorna à região e numa longa carta à enteada revive os anos de sofrimento que passou ao lado do meio-irmão.Em "Casa de Encontros", Martin Amis se vale de recursos ficcionais para revelar dimensões obscuras do totalitarismo. O livro narra o acerto de contas de um velho russo com seu passado. Ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, ele esteve confinado durante mais de dez anos num campo de trabalhos forçados na Sibéria, acusado de traição política. Quase cinquenta anos depois, rico e repatriado nos Estados Unidos, ele volta ao país de origem e numa extensa carta à enteada revive o tempo de provação. No centro do relato estão seu meio-irmão, Lev, preso no mesmo campo, e Zoya, dona dos atributos físicos mais disputados de Moscou. Capaz de conjugar a destreza do prosador tarimbado à verve do polemista, Amis compõe um comentário político que extrai intensidade justamente da criação ficcional.