Um dos primeiros modernistas de Minas Gerais, companheiro inseparável de Carlos Drummond de Andrade, Emílio Moura não se deixou marcar pelos traços passageiros do escárnio com que se combatiam as técnicas passadistas da literatura. O seu modernismo é sereno e maduro desde o início. Como se fosse algo intrínseco a ele, independentemente de agitação e controvérsia. Pela própria inspiração de seus poemas, cuja regularidade é espantosa, Emílio Moura foi tecendo uma expressão que é, ao mesmo tempo, indagação do universo, busca do outro e descoberta de si. A presente antologia devolve Emílio Moura ao público, tornando acessível aos novos leitores uma das mais refinadas vozes líricas da poesia modernista brasileira.