Basicamente, os doentes com infecção cirúrgica podem ser divididos em dois grupos: aqueles que são admitidos pelo serviço de emergência já com infecção e os que são internados para procedimentos operatórios eletivos e evoluem com complicação infecciosa. Assim, a prevenção, o diagnóstico, e o tratamento da infecção representam o dia-a-dia dos cirurgiões e não só para aqueles que trabalham na emergência com doentes graves, imunodeprimidos e de alto risco. A infecção tem origem multifactorial, estando relacionada a alteração do equilíbrio entre e a bactéria, o meio ambiente e o hospedeiro. É parte fundamental da atuação do cirurgião a prevenção da infecção, observando os princípios técnicos do ato operatório em todas as suas etapas. Uma das mais importantes formas de prevenção é a otimização de antibioticoprofilaxia que lamentavelmente nem sempre obedece a pradronização no que diz respeito ao momento da sua indicação, ao tempo de duração e à escolha do antimicrobiano.