Antologia de contos, crônicas e poemas sobre a paixão pelo esporte compartilhada pela nação e o poeta, Quando é dia de futebol retorna em novo projeto, com posfácio de Pelé. Logo no início desta antologia, Drummond anuncia em que campo ela será disputada: Futebol se joga na alma. Para o poeta, que via em todo torcedor um ameaçado de morte, o esporte definidor do brasileiro estaria intimamente ligado à ideia de mistério. Magia e ilusão eram palavras que lhe caíam bem na hora de estabelecer a intangibilidade de nosso amor pela bola. Mas Drummond entendia que o futebol expressava sobretudo uma emoção política. Nossas vitórias, escreveu, abriam os olhos do povo para suas negadas capacidades de organização, persistência, resistência, espírito associativo e técnica. Mais que isso: permitiam à nossa gente que descobrisse a si mesma. Organizados cronologicamente, acompanhando as copas que nossa seleção venceu ou deixou de vencer entre 1954 e 1986, os poemas, crônicas e [...]