Não dá para ignorar a poesia da Marise, cheia de belos achados. Acho que tem um jeito pessoal, o que é o mais importante, conjugado a uma consciência de linguagem que não teme o jogo, entrega-se a ele. Neste Porta-retratos, já começa muito bem, contrapondo a fome e a saciedade no início de ‘Calar/Calor’. Gosto muito, muito mesmo, de ‘Peixe’. E de ‘De um Decassílabo’. Enfim, só posso lhe dizer que vá em frente, pois já sabe o caminho.