O que eu chamo de “perder a cabeça” não se refere àqueles momentos em que, enfurecidos, perdemos as estribeiras; trata-se de perder a cabeça para uma mentira. Foi uma simples pergunta de meu professor, quando eu era jovem, o que me induziu a refletir sobre os mistérios da existência, e a curiosidade estimulada por meu encontro com Sócrates e Platão deu início a uma jornada que se tornou minha carreira. Meu objetivo com este livro é transmitir essa experiência. As obras clássicas, seja um livro, um filme ou uma sinfonia, são agentes do maravilhoso — elas incendeiam a mente e o coração. Não estou interessado em ajudá-lo a riscar os clássicos de uma lista ou melhor prepará-lo para fazer citações em público. Não estou lhe entregando uma lista de “leituras obrigatórias”, um dos termos mais irritantes do cenário moderno dominado pela mídia. Uma jornada educacional não deve parecer uma tarefa árdua ou imposta desde cima.