De que modo construir uma malha conceitual e um modelo analítico que, com o objetivo de "abarcar as diferentes ordens jurídicas", vá além tanto das sociedades modernas e dos Estados ocidentais quanto das tradicionais distinções entre Direito Nacional e Direito Internacional, Direito Estatal e Direito Paraestatal? Como desenvolver um conjunto de conceitos - a começar pelo de Direito - e uma teoria em condições de identificar padrões e relacionamentos existentes entre diferentes contextos socioeconômicos, bem como de observar desdobramentos sociais e culturais de pequena, média e grande escala? Até que ponto o preço dessa empreitada científica não corre o risco de resultar num conceito único e central de direito - um conceito minimalista, diz Twining, e, portanto, excessivamente vago e metodologicamente inútil? Ou o mais adequado, para a teoria e sociologia jurídicas, seria simplesmente abandonar qualquer tentativa de se chegar a um conceito único de direito? As respostas dadas por este livro a essas indagações oferecem uma riqueza de ideias e sugestões provocativas. O leitor pode aceitá-las ou não. O que ele não pode é negar, como lembra o autor, que a revitalização da Teoria do Direito tornou-se um empreendimento tão desafiador e tão vasto, neste início de século, que somente tem condições de ser enfrentado como um empreendimento coletivo."