Dentre os falsos dilemas que atravessam a avaliação de políticas públicas, um dos mais importantes e geralmente implícito é sobre os vínculos com a teoria no sentido amplo. De um lado, tem-se a impressão de que a atividade pode se dar ao luxo de caminhar garbosamente sem uma orientação teórica e que se basta com um empirismo vulgar. De outro lado, a teoria é contraposta a procedimentos metodológicos, como se estes fossem competidores daquela e disputassem um lugar na avaliação. Em alguns momentos, inclusive, a teoria é reduzida a simples hipótese com a necessidade de uso indispensável de testes estatísticos.