O paroxítono, cujo equivalente literal em latim é "penúltimo", caracteriza na prosódia a penúltima sílaba. O paroxismo seria, pois, o penúltimo momento, isto é, não o final, mas aquele exactamente antes do fim, precisamente antes de não haver mais nada a dizer.Neste sentido, o paroxista liga-se aos fenómenos extremos, mas não separa a ilusão do fim; vive na iminência desse fim. Não é fanático, nem prosélito, nem exorcista: apenas a violência do paroxismo e o encanto discreto da indiferença. Apenas o equilíbrio entre os extremos, nos confins da indiferença onde ainda brilha um luar de desespero. É, também, a imagem deste mundo.