"Leio Davino Sena, poeta que atinge com este livro um grau algo mais profundo e ao mesmo tempo impreciso em sua obra. Para dentro. Para o mais. O rei destas ilhas pode ser como o barão de Jorge de Lima. Desprovido de chaves. E habitado pelo fantasma dos sentidos. Gosto dessa polissemia. Dessas ilhas de todo incapazes de formarem arquipélago. Ilha que se dissolve. Que se desfaz tão logo se mostra. Ilha como destino partilhado, como duplo, imagem binária e plural. Ilha quebrada e insolvente, convocada quando menos se espera ou de súbito adiada. Ilha de minaretes: Riade, Olinda e Recife. Torres. E sinos silenciosos. Ilha, biografia. Ilha de Vera Cruz. Ilha de Inglaterra. Ilha como autorretrato. Ilha como Davino Sena.