Meio autobiográfico, meio ficcional, não exatamente na proporção 50/50, este livro traz o leitor a trajetória de um típico paulistano que viveu o bom e o ruim da cidade do pós-guerra, dos anos difíceis de um regime de exceção, da democracia como uma realidade novamente após esses anos e, em especial, entrelaçou sua vida e seu crescimento como pessoa aos acontecimentos do período e à atuação em diversas áreas, desde uma fábrica de vidros na juventude até o trabalho como diretor em peças publicitárias, passando pelos quase dez anos como professor universitário. Do relato de uma vida na qual a amizade, o respeito e a riqueza da real interação com as pessoas, do saber ouvi-las e aprender com elas, surge a percepção de que a desimportância à qual se alude não é apenas relativa, como também discutível.