A edição 47 da serrote, de julho de 2024, tem como um de seus destaques o ensaio A traição da língua, feito especialmente para a revista pela palestina Adania Shibli. A escritora, com base em sua vivência cotidiana entre Jerusalém e Berlim, reflete sobre o recurso ao silêncio a que recorrem povos colonizados. Também partindo do pessoal para o coletivo, o argentino radicado nos Estados Unidos Federico Finchelstein, autor de Uma breve história das mentiras fascistas, volta a Buenos Aires, pela primeira vez depois da eleição de Javier Milei, para observar de perto e escrever sobre seu objeto de estudo. A revista traz ainda o texto Alô? Um réquiem para o telefone, do professor argentino de teoria literária Martín Kohan, em que ele fala do desaparecimento do telefone - que não é mais usado para falar por telefone, mas continua sendo chamado de telefone.