É permitido sonhar aqui?, este escritor estreante se pergunta. Ele não passa ileso ao comentário sobre sua antipatia folclórica: os olhares se cruzam por acidente, mas logo encontram outro ponto pra ficar. O refazimento de Curitiba a partir da história de Nicole e Tainá, do avô e da avó, de Danilo e Karol está impresso aqui, nas suas mãos. É o resultado do trabalho de um cidadão atento, também advogado, também escritor, em anos de leituras e oficinas na Esc. Escola de Escrita desde os idos da Rua Riachuelo, algo próximo da cidade em queda tão ecoante nessas páginas. Somos todos passageiros no Terminal Curitiba e, nas palavras de Tainá, o melhor traço do céu da Santos Andrade já estava desenhado. Quem decide escrever esta cidade já paginada sabe disso. E precisa acolher os ecos.