O imenso prestígio e a divulgação dos DSMs induziram gerações de novos psiquiatras à reificação dos sintomas e dos quadros clínicos.Este panorama, no qual prevalece a preocupação com a uniformidade em detrimento das diferenças e da individualidade, distancia-se do sofrimento dos pacientes e de suas demandas e esteriliza toda a prática e o conteúdo humanístico da Psiquiatria, levando grande parte da população a buscar apoio e tratamentos heterodoxos, como florais de Bach, terapia de vidas passadas e quejandos.Atentos a tais problemas decidimos organizar este volume, buscando a colaboração de profissionais de reconhecida experiência e espírito crítico. Trata-se de uma Psiquiatria sem preconceitos, direcionada aos sofrimentos dos pacientes e com reflexão permanente sobre suas propostas, teorias e resultados práticos. Destina-se, pois, aos profissionais de mentes inquietas, insatisfeitos com meias-verdades doutorais e dogmatismos.